O livro nasceu de um encontro em Quito, em outubro de 1994, promovido pelo CIESPAL (Centro Internacional de Estudios Superiores de Comunicación para América Latina) e pela AMARC (Asociación Mundial de Radios Comunitarias). Participaram representantes de todo o continente e pertencentes às mais variadas profissões.Os debates revelaram-se de tal riqueza, que o autor foi incumbido de apresentá-los sistematicamente. A obra guarda a espontaneidade dos depoimentos e aprofunda as linhas de reflexão sobre praticamente todos os problemas que se colocam para a criação, sustento, ampliação e defesa das rádios comunitárias. Sua importância se torna evidente em nossos países como garantia o desenvolvimento sócio-cultural da população, sobretudo carente, na medida em que prestam um serviço que não entra na lógica das demais emissoras, públicas ou comerciais. No tom predominante e na forma de apresentação correntes nas rádios comunitárias, o autor percorre toda a problemática da especificidade do meio, desde suas origens, analisando a linguagem que lhe é própria e as exigências que o presidem, tanto do lado dos locutores como dos gêneros (dramático, jornalístico, musical) e formatos (radiorevista, vinheta). Depois de um penúltimo capítulo sobrea problemática da programação, o autor analisa os diversos aspectos da grande missão que cabe às rádios comunitárias: a democratização da palavra, que está na raiz de uma sociedade solidária, na justiça e paz.