Na comemoração do centenário de nascimento de Maria Callas (1923-2023), o presente livro transcreve, nos próprios moldes, o conteúdo de palestra sucessivamente proferida, no passado, com boa acolhida de público, no mais das vezes, na residência do Autor, mas também em residência alheia e até em auditório de entidade beneficente, acrescido de abordagem retificadora, ora julgado oportuna, de narrativas a respeito de contingências da vida privada condicionantes da vida artística. Se, em sua carreira, Callas tivesse seguido o razoável, não teria sido Callas. O crítico John Ardoin formulou um conceito lapidar, quando disse: Se considerarmos a amplitude do repertório da Callas e o grau de intensidade dela na interpretação dos papéis díspares desse repertório, fica evidente que ela demandou da voz mais do que seria razoável para o seu conforto, mas não menos evidente que não houvesse ela arriscado, houvesse ela procurado poupar-se, não teria sido Callas. Não se alcança o que a Callas alcançou por meias medidas. ANGELO CHRISTIANO RONDON AMARANTE nasceu em 24 de julho de 1937. Formou-se na Faculdade de Direito do Distrito Federal, logo após Estado da Guanabara, no Catete. Bem mais tarde também colou grau em Administração de Empresas na Faculdade de Ciências Jurídicas no Campo de Santana.