MEA CULPA

As pessoas têm medo da Ira Divina. Desconhecem as leis do Universo e acabam sendo arrastadas para o Umbral. Mas o que é o Umbral? O Umbral é uma estação mental onde nossos excessos tomam forma e se voltam contra nós. Na impossibilidade de os alimentarmos, longe das tendências e oportunidades da carne, nossos excessos se fragilizam e buscam em nós, seus mantenedores, a vitalidade que outrora lhes deu personalidade própria. Dominam nosso mental que tanto os fortaleceu com ilusões e caprichos e o deturpam, trazendo à tona uma realidade embasada nos nutrientes de nossa vaidade. O Umbral é zona de readaptação. Purificando-nos com a dor e o sofrimento necessários para o desgaste total da natureza que nos motivou ao equívoco. Como somos duais, é aceitável que vibremos em frequências distintas. Oscilamos entre a luz e as trevas, como um pêndulo em movimento. Em vários momentos em que as experimentações despertam sensações variadas, buscamos o suprassumo dos prazeres. E esse excesso é uma chave para a derrocada dos valores morais instituídos em nossas almas como mecanismo de ascensão. Eis o porquê da queda! O Umbral é uma Condenação Divina. Equívoco! O Umbral é apenas uma passagem que separa as ilusões de nossas paixões da luz da razão universal. Quedar-se preso a essa estação vai depender do grau de nossas ilusões. A degeneração humana permite que o Umbral seja como é: tão vasto e habitado, tão cheio de terror e sofrimento. Ele é o resultado de tudo o que vibramos demais. Afinal, a lei de ação e reação é só um dos muitos veículos que nos insinua a verdade. O umbral de cada um é sem dúvida o que cada um precisa para realinhar-se aos desígnios de nosso criador. Cada um a seu nível. Isso é justiça! E Renée de Viamonte, como tantos outros, precisou dessa readaptação. Conheça sua história!