O estudo da memória passa hoje por uma grande evolução, em virtude, em grande parte, do desenvolvimento dos métodos da psicologia experimental, hegemônicos nos Estados Unidos, e que têm influenciado muito países como a Itália e o Brasil, e das analogias com o funcionamento dos computadores, que permitem chegar muito próximo dos mecanismos que comandam nossa memória. O ensaio de Anna M. Longoni é testemunho desses dois aspectos: a influência decisiva da psicologia americana, que lhe fornece praticamente todos os elementos da análise, e a aproximação entre o funcionamento dos computadores e do cérebro humano, especialmente no que diz respeito à memória, salvaguardadas, bem entendido, as profundas diferenças. Depois de uma série de considerações gerais e do estudo dos diversos tipos de memória, em relação aos lugares, às fisionomias, aos fatos testemunhados e às medidas a se tomar em face de eventos futuros, a autora estuda a questão da idade e dos diversos distúrbios da memória, terminando por recomendar técnicas de cultivo e desenvolvimento da memória.