Roubos, sequestros, quadrilhas, falsificações, códigos secretos, documentos perdidos, crianças desaparecidas: sem o faro investigativo do menino Mila, o escoteiro detetive, e seu olhar racional e atento a indícios e detalhes, nem o agente de polícia Furão nem o delegado Dr. Felisberto teriam qualquer chance de descobrir a solução para os casos misteriosos que se sucedem, vertiginosamente, em pleno Rio de Janeiro dos anos 1920! Junte-se a nós nesta verdadeira viagem no tempo, leitor, e seja você também um Sherlock mirim (escoteiro ou não!).
Pela primeira vez disponível em livro para seus leitores, graças à arqueologia literário-detetivesca do pesquisador Leonardo Nahoum, estes dez contos do personagem Mila, o escoteiro detetive, criação do escotista e escritor Benevenuto Cellini dos Santos (1869-1927), foram publicados cem anos atrás na revista O Tico-Tico (1923-1925) e representam uma faceta desconhecida dos primórdios de nossa literatura infantojuvenil policial: o que temos aqui é uma inédita promoção do escotismo (cujos ideais começavam a ser adotados pelas redes escolares oficiais) embalada em histórias policialescas, gênero adorado pelos mais jovens, mas tido como pernicioso pelas patrulhas pedagógico-morais de plantão. Aventura, detecção sherloquiana e um projeto moral redentor para a infância brasileira: é essa a essência da criação genial de Benevenuto Cellini dos Santos – Mila, o escoteiro detetive.