MINHA VIAGEM COM MARA

A extraordinária jornada de uma elefanta que, após décadas de cativeiro e sofrimento nos circos e zoológicos, finalmente alcança a liberdade. Entre memórias e a delicadeza de desenhos que oscilam entre o figurativo e o poético, Minha viagem com Mara nos conduz por ásperas realidades dos maus-tratos de animais até o momento de renascimento em um santuário na Chapada dos Guimarães.

Faixa etária
Voltado a crianças a partir de 7 anos, o que não impede que a leitura também seja recomendada para crianças menores, que realizem a leitura dos textos e imagens compartilhada com um adulto. Ou mesmo para nós, que somos bem maiores!

Sobre a autora
Marina Arbolave (Buenos Aires, 1953) é matemática e musicista. Sempre desenhou, especialmente de forma espontânea e intuitiva ao registrar situações cotidianas. Papel sulfite, caderninhos pautados e folhetos costumam ser a base para suas criações (aqui, pintadas com canetinha e aquarela). Ao longo da vida se especializou em diferentes áreas, como acompanhamento de idosos, e foi palhaça de hospital. Gosta de investigar assuntos profundos do ser humano.
É mãe de Cecilia.

Sobre a tradutora
Cecilia Arbolave (Buenos Aires, 1985) é jornalista, editora da Lote 42, cofundadora dos espaços Banca Tatuí e Sala Tatuí, iniciativas em São Paulo, onde mora desde 2008. Organiza a Feira Miolo(s) e outras feiras de artes gráficas. Escreveu O livro de fazer livros: produção gráfica para edições independentes (Lote 42, 2024) e Sapos e sonhos (Livraria Gráfica, 2024), entre outros.
É filha de Marina.

Saiba mais sobre o livro
As editoras Barbatana e Lote 42 lançam em coedição o livro ilustrado Minha viagem com Mara, criado pela artista argentina Marina Arbolave após ter se sensibilizado com a emocionante história da elefanta Mara e decidir contá-la, de modo delicado, em uma obra voltada a crianças e jovens leitores (de todas as idades).
A trajetória de Mara é dura, pública e verídica: uma elefanta nascida há mais de 50 anos na Índia, e que, após décadas de cativeiro e sofrimento em circos e zoológicos do Uruguai e da Argentina, deixou Buenos Aires como celebridade em 2020 para finalmente alcançar a liberdade em um santuário de elefantes localizado na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, região Centro-Oeste do Brasil.
Como a própria Marina Arbolave conta no livro, a divulgação midiática da história, em revistas, na televisão e em lives na internet, fez com que a autora, que vive em Buenos Aires, abandonasse momentaneamente antigos interesses pelo acompanhamento quase obsessivo do complexo traslado da elefanta ao Brasil.
Após anos de trabalho, em que pesquisou, escreveu e ilustrou a odisseia de mais de 50 anos de Mara em direção à liberdade — e contando nesse percurso com o apoio, entre outras pessoas, de sua filha Cecilia Arbolave, tradutora da obra para o português, e do pesquisador Peter O Sagae —, em 2023 Marina apresentou o projeto para os editores da Barbatana, que o abraçaram e começaram a editá-lo e transformá-lo em livro.
O resultado chega agora, em uma coedição da Barbatana com a Lote 42. Livro ilustrado que se alterna entre o relato de memórias e a delicadeza de desenhos que oscilam entre o figurativo e o poético, Minha viagem com Mara nos conduz pela áspera realidade dos maus-tratos de animais e um caso raro de final feliz, digno de registro e celebração. Além de funcionar como alerta sobre o modo como desejamos nos relacionar modernamente com a natureza, a história de Mara é também um pouco a história de todos nós, uma espécie de lembrete poético de que sempre podemos ter uma nova chance em nossas vidas.

Minha viagem com Mara por Peter O Sagae

“O que aqui se contou é uma história verdadeira, muitas vezes contada em voz alta, mudando incontestavelmente a cada novo detalhe sobre a vida e a última viagem de Mara, porque Marina flutuava por memórias e imagens, antes que decidisse enfrentar a própria escrita. E foi ouvindo a artista argentina que fui descobrindo a simplicidade de sair de um monte de informações e interesses para asserenar a mente, então passar a sentir a própria história como um elefante, com sua lentidão e paciência.”