Este livro originou-se de um estudo muito maior e mais amplo dos problemas da dominação de classe nas sociedades capitalistas modernas e, em especial, da questão do papel do Estado da manutenção do modo de produção capitalista. Nos últimos anos tem havido um notavél ressurgimento do interesse pela teoria marxista e pelas escolas de pensamentos marxistas. A principal tendência de tem sido no sentido de uma redescoberta das obras dede Lukács, Korsch, Gramsci, Adorno, Macurse, Horkheimer, Rosdolsky, Benjamin ( cujas obras principais foram, em sua maioria, escritas nas décadas de vinte e trinta) e de sua contraposição tanto ao stalinismo quanto ao trotskysmo. Ao mesmo tempo, surgiu um marxismo contemporâneo que, grupado em torno da teoria do estruturalismo e da obra do filósofo comunista francês Louis Althusser, luta por estabelecer uma metodologia científica e uma regeição da base “humanista” desses marxistas mais antigos. Em geral, tanto marxismo assim redescoberto como o contemporâneo são filosóficos, epistemológico e abstratos em sua orientação, e não sociológicos, concretos e históricos. É esta eliminação da dimensão histórica na teoria social marxista que constitui, talvez, a características mais marcantes desses diversos autores ( com exceção de Grasmsci), e em sua análise do capitalismo moderno, eles desenvolvem um conceito estático e pessimista da formação social. Para entender estas diferente tradições marxista, torna-se essencial relacioná-las com os contextos históricos e políticos, especialmente com o malogro das revoluções proletárias, na Europa Ocidental, nas décadas de vinte ou trinta e com anatureza totalitária do stalinismo: em 1940, com o assasinato de trotsky, toda a oposição efetiva ao stalinismo, tantodentro do partido comunista russo como nos partidos fora da Rússia, tinha sido anquilada.