As mulheres são mais fortes, mais sensuais, mais empreendedoras e se adaptam com mais facilidade a qualquer circunstância. Ao contrário do que sempre foi divulgado por terapeutas do mundo inteiro, elas não são menos interessadas em sexo, adoram desafios, grandes realizações e já enterraram no passado o conceito de uniões monogâmicas, com parceiros mais velhos, de status superior. Essas afirmações, baseadas em rigorosas pesquisas científicas, estão reunidas no livro Mulher: uma geografia íntima. Fazendo uma homenagem ao corpo feminino, a escritora americana Natalie Angier derruba, de forma definitiva, o mito do sexo frágil. De um lado, útero, óvulo, seios, sangue, clitóris. Do outro, movimento, força, agressividade e fúria. A qual desses dois grupos normalmente é associada a imagem da mulher? Ao primeiro, é claro. Só que nada disso é verdade. Ou, pelo menos, não deveria ser. Muitas são as idéias e as teorias lançadas pela autora. A origem dos seios, por exemplo, a função do orgasmo, o motivo pelo qual as mulheres precisam umas das outras e ao mesmo tempo se repelem quase que com a mesma intensidade. Ciência e medicina também estão presentes, solidificando e enriquecendo os argumentos de Natalie Angier, que faz questão de afirmar que não "escreveu um guia da saúde feminina" e sim um livro que tenta responder "o que faz uma mulher ser mulher".