O BANQUETE DO PAIXÃO

O Banquete', de Platão é a primeira obra filosófica ocidental sobre o amor, consagrada como um tratado da condição humana. Coube a António Paixão, em rigorosa crítica literária, a primazia da constatação de omissões e deficiências no trabalho do filósofo. Uma delas diz respeito à inexplicável e displicente ausência do fenômeno do corno, comum no período clássico. Outra é o seu viés etnocêntrico, por focar apenas na cultura grega.
Com o objetivo de colmar estas 2 lacunas, Paixão procurou o Frei Totò Molisano OP para reencenar 'O Banquete', com a participação de brasileiros e estrangeiros. O seráfico frade acedeu, exigindo que a temática fosse a fenomenologia do corno na literatura, tratada cientificamente como cornologia. Para tanto, escalou um círculo insólito, anômalo e excêntrico de personagens ficcionais ou quase-reais.
Participam do 'Banquete do Paixão' os heterônimos do Dr. Noronha, o Paixão; o cantor napolitano, Beppe Molisano; o bardo inglês, Tony Malvern; e o professor chinês, Yuse Fajin, além de 5 outros personagens, fora do Frade: a sorveteira ítalo-brasileira, Gigi Dell'Amore; o professor argentino Agustin Podetti; o publicista mineiro, Ruy Nogueira; e o camareiro alagoano, Zé Renildo Arapiraca.