Este livro apresenta ao leitor uma trajetória da representação cartográfica da Terra, com ênfase na cosmografia e nas artes e técnicas da navegação, desde o final da Idade Média, analisando a herança de Ptolomeu e seus desdobramentos e variações no trabalho dos cartógrafos renascentistas, bem como as principais espécies de mapas desenhados a partir do século XV: cartas-portulano representadas sobre pergaminho; mapas manuscritos, nos quais foram registradas as primeiras viagens da expansão europeia; e cartas xilogravadas que chegaram às grandes casas impressoras dos Países Baixos, especialmente a Holanda, nos quais se constituíram importantes e influentes escolas cartográficas. Na sequência, em capítulos específicos, estudam-se as características da cartografia relativa às quatro principais regiões do Brasil representadas na época colonial: a Amazônia - sempre sob mira de estrangeiros de várias nacionalidades -, o Nordeste - no tempo da guerra entre Portugal e Holanda -, o sertão - lugar de bárbaros ameaçadores e antropófagos - e os confins do Sul.