O DEUS DOS FILÓSOFOS E DOS SÁBIOS

O homem é um Animal que não pode deixar de tender para o absoluto. Desde as sombrias entidades mágicas dos primitivos e dos arcaicos até os novos super-homens e às novas idades de ouro de nossa época, poder-se-ia escrever a história dessa Busca do Absoluto, seja ele chamado ou não Deus.

Mons. Jolivet, decano da Faculdade Católica de Filosofia de Lião. Conhecido por seus trabalhos de pesquisa sobre o Pensamento Filosófico tanto dos antigos (Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Santo Tomás...) como dos modernos (Lehelier, Rosmini, Kierke-gaard...) e por seu grosso Tratado de Filosofia, nos expõe aqui o essencial de suas conclusões sobre o sentido, o valor, o alcance e o conteúdo das tentativas naturais de aproximação de Deus: do Deus, portanto “dos Filósofos e dos Sábios”, segundo a célebre palavra de Pascal, ou, como teria dito Kant, do Deus da simples razão.

Todos gostarão, com Monsenhor Jolivet, de reconhecer as grandes vias do coração ou da razão, que conduzem ao Absoluto: os cristãos e os crentes, porque encontrarão aí as primeiras e longínquas impressões do Deus Oculto; e também os descrentes, porque reconhecerão nas curvas e nos desvios, nos entrelaces e nos impasses desses itinerários, a imagem de suas objeções. temores, criticas e dúvidas, e talvez também o primeiro traçado da sonda sinuosa da Dúvida de suas dúvidas.