Minha sacola

    Favoritar

    O ESPETÁCULO DE SI

    Ref:
    973037

    Por: R$ 49,99

    Preço a vista: R$ 49,99

    Comprar

    Para envios internacionais, simule o frete no carrinho de compras.

    Editora
    ISBN
    Páginas
    Peso
    Idioma
    Acabamento

    Sinopse

    Tal como as imagens (se é que tal separação seja possível em termos concretos na atualidade) o mundo acelerado modifica-se constantemente. Desse modo, as questões apreendidas pela tradição intelectual da Teoria Crítica da Sociedade são também um convite para visitar o novo. Ao nos aproximarmos do pensamento de Walter Benjamin, sobretudo sua teoria da linguagem, poderemos observar o contemporâneo definhar do ato narrativo enquanto prática linguística dos sujeitos. Sua extinção cria um vácuo formativo que, de certo modo, passa a ser preenchido pelas tendências da vida social moderna. Os sentidos, que dialogam com o mundo externo e através da percepção constituem o sujeito, parecem atravessados por uma força social abrangente e ininterrupta, pela qual o espetáculo institui seus valores e os (des)educa; ideia que demonstraremos estar diretamente atrelada ao conceito de semiformação em Adorno, como a tônica formativa do mundo contemporâneo, que age no sentido contrário das pretensões emancipatórias.

    Na medida em que opera sobre os sujeitos, a semiformação impele no espírito a reafirmação e reprodução incessante dos valores e verdades constituídos pela Indústria Cultural. Assim, a (des)educação não age ingenuamente para um lado arbitrário qualquer, mas, outrossim, manipula astuciosamente os sentidos para que estes se viciem e se comuniquem da forma espetacularizada. Sendo assim, nos parece plausível pensar ou questionar o conceito de espetáculo em Guy Debord como fundamento de um novo éthos linguístico.

    Buscamos compreender e demonstrar como tal conceito se transfigura para uma nova fase, que denominaremos espetáculo de si, pois, por si só, tal como exposto por Debord, o conceito de espetáculo não se caracteriza no sentido proposto. Nos interessou ainda entender a possível relação entre o conceito e as formas de manifestação de um fenômeno que se apresenta como um processo danoso às possibilidades formativas dos sujeitos. Para tal apreciação nos referenciamos em Adorno, Horkheimer e Benjamin, para definirmos as categorias que nos permitiram analisar a intersecção do pensamento de Guy Debord e Christoph Türcke.

    O pensamento de Guy Debord, sobretudo o cerne de suas ideias encontrado em sua mais influente obra A Sociedade do Espetáculo (1967), foi, em sua época, um polarizador de conceitos contestatórios e críticos frente ao antagonismo social imposto pelo capitalismo. Nesse sentido, Debord e a Internacional Situacionista, grupo de ativismo político e artístico-cultural que tinha no autor um de seus pensadores mais ativos e influentes, foram vozes a reverberar profundamente no espírito do movimento civil o qual ficou conhecido como maio de 1968 francês. Todavia, sua potência crítica fundamenta-se sobre um momento específico do capital, a quem o próprio autor denominou cronologicamente de segundo, ou seja, o momento da imagem, ou como fora expresso em suas palavras, é “a evidente degradação do ser em ter”[1] que naquele momento fluía para um estado de “busca generalizada do ter e do parecer”[2].

    O novo contexto protagonizado pelos componentes virtuais e o próprio desenvolvimento do capital suscitam uma atualização da leitura do espetáculo e sua influência social, cultural, moral e estética.

    Desse modo, ao constatarmos a feroz e veloz dinâmica que a imagem alcançou, enquanto forma predominante do espírito social, acreditamos ser necessário a compreensão de seu estágio atual para a efetividade máxima da teoria enquanto instrumento da crítica social. Nesse sentido, a obra de Christoph Türcke Sociedade Excitada (2010) nos parece um diagnóstico bastante atual e, para além disso, tem depositado seu olhar mais profundo e aguçado sobre este mesmo espírito do capital, como reconhece o próprio autor ao alinhar “a pressão de proclamar novos tipos de sociedade”[3], uma característica central de seu conceito de sociedade da sensação, com o espírito social demonstrado por Guy Debord em A Sociedade do Espetáculo, daquele a quem Türcke refere-se como “o cabeça da Internacional Situacionista”[4].

    Entre convergências e divergências, para ambos, o protagonismo da imagem na vida social é um fato incontestável; em seus desdobramentos, os pensadores atentam-se para aspectos diferentes da influência da imagem sobre a formação do sujeito, mas passam, sem dar a profundidade necessária à compreensão das consequências desse processo no modo de relação estabelecido entre os sujeitos e o mundo, sobretudo na constituição da linguagem.

    A partir de tal entrecruzamento, buscamos contribuir para a atualidade do pensamento sobre a educação, na medida em que demonstramos residir, no espetáculo de si, um modelo formativo e comunicacional que necessita ser investigado e submetido à crítica, pois:

    A lixiviação desse sensório por meio do rufar de tambor audiovisual muda consideravelmente o significado da exploração. E se esse rufar do tambor finalmente começa a revolucionar as potências das conexões neurais elementares, as quais for
    Mostrar mais

    Ficha técnica

    Especificações

    ISBN9786558695714
    Pré vendaNão
    Peso324g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaNão
    Dimensões23 x 16 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas224
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2021
    Código Interno973037
    Código de barras9786558695714
    AcabamentoBROCHURA
    AutorPACÍFICO, MARSIEL
    EditoraPEDRO E JOAO EDITORES
    Sob encomendaSim
    Mostrar mais

    Este livro é vendido

    SOB ENCOMENDA

    Prazo estimado para disponibilidade em estoque: dias úteis

    (Sujeito aos estoques de nossos fornecedores)

    +

    Prazo do frete selecionado.

    (Veja o prazo total na sacola de compras)

    Comprar