O PEQUENO PRÍNCIPE DAS RUAS

Um Homem de Negócios atrasado para mais uma reunião de trabalho muito importante, faz um desvio na sua rota habitual, atravessando por cidades completamente degradadas pelo abandono e, no instante em que estava prestes a perfurar uma das muitas cidades desprezadas, o seu carro sofre uma avaria e danifica as partes mecânica e eletrônica. Ao perceber que naquela cidade deserta não havia os meios de comunicação que normalmente os homens de negócios usam, ele tenta encontrar uma saída daquela inesperada situação e descobre-se perdido dentro de uma cidade culturalmente abadonada.

Nesse ambiente surge o Menino, um dos muitos protetores das ruas que tenta sobreviver em meio àquela desconstrução, ele está a procura de seu melhor amigo, que se encontra perdido na floresta de árvores sem raízes que brota no âmago da cidade abandonada. O garoto vê no Homem de Negócios sua última esperança em encontrar o que procura, para assim não desaparecer, solitário, como um rosto estranho no meio de faces sem feições que vagueiam dentro da multidão de uma cidade despovoada.

Um Homem de Negócios e um Menino de rua, ambos frutos de uma sociedade que vive para o lucro das coletividades que crescem desumanamente através dos meios de telecomunicações, onde cada botão abre atalhos que amplificam as distâncias entre os indivíduos, são obrigados a tentar descobrir, juntos, as respostas que os levarão a rever os seus conceitos. Um adentra à cidade abandonada para reaver o que perdeu e o outro, para sair desta nova situação em que se depara, e tenta recuperar o que já não possui, ajudando o outro a encontrar o que lhe faz falta.