PAISAGENS CREPUSCULARES DA FICÇAO CIENTIFICA

As paisagens crepusculares da ficção científica – A elegia das utopias do modernismo tem origem na tese de doutorado do professor Jorge Luiz Barbosa, que busca ampliar as possibilidades de diálogo além dos limites da academia, e traduz a proposta do autor para a ‘construção de um projeto generoso de cidade e sociedade’.
O trabalho foi desenvolvido utilizando como referencial ‘a paisagem’, na observação da sociedade urbana, e a arte cinematográfica do gênero ficção científica, a partir dos cenários e narrativas de conflitos, contradições e utopias. O autor propõe a investigação e a reflexão crítica acerca de ‘experiências sociais de construção/reconstrução da cidade’, revisitando conteúdos e aspectos da segunda metade do século XIX e do século XX, num mosaico de associações entre ciência, arte, história, geografia e sociedade, suas contradições e futuros possíveis.
Os longas-metragens Metrópolis, Alphaville, Blade Runner e The Matrix são considerados pelo autor como ‘representativos de cada período de ruptura’. A arte surge, assim, como referencial e perspectiva, a serviço da construção e conquista da metrópole do futuro, saudável e sustentável. Nos filmes, o virtual e o ficcional se complementam como fonte de inspiração e energia criativas visando ao enfrentamento dos desafios da urbanidade e suas múltiplas possibilidades.