PASSARINHOS, PASSARINHOS (LITTLE BIRDS, LITTLE BIRDS)

PRIMEIRAS PALAVRAS PARA AS CRIANÇAS

Este livro traz a poesia dos passarinhos, em fotografias e em palavras.
Cada fotografia, com sua arte, com sua beleza, desperta admiração e curiosidade, espanto e encantamento.
Os pequenos poemas conversam com as imagens, de diferentes maneiras.
Alguns textos são brincadeiras de sons e ritmos com o nome e com características do passarinho. Podem ser lidos em voz alta, cantarolados, guardados de cor em memórias que permanecerão por muito tempo.
Outros textos trazem ideias e sugerem histórias: assim, convidam você – e também as pessoas de todas as idades – para viagens de descobrimento e de imaginação.
Qual será o passarinho que você vai escolher para admirar, para brincar com ele, para inventar uma história?

Desde sempre fui admirador dos pássaros. Nunca um estudioso. A proximidade que tenho com a música me conduziu, inicialmente, na observação da construção harmônica que cada gorjeio, de cada espécie apresenta. Tons e ritmos dos mais variados. Ao depois, a beleza e a poesia das cores de cada um deles, e de sua integração com os demais elementos que o rodeiam. É sempre uma belezura.
Passarinhos são extremamente generosos, quando nos entregam seu melhor canto, ainda que pousados sobre o cimento e com olhos mirando o asfalto. Basta que sejam livres, e encontrarão razão para o canto, para o voo. Por isso me apaixono por eles, todos os dias renovadamente.
Meu quintal, em São Francisco Xavier, é visitado diariamente por uma diversidade deles e quando certa feita, aos muitos, pousaram no chão feito chuva, provocaram no meu filho Pedro a frase:
— Pai, olhe nosso chão em movimento…!
Esta obra é um observatório dessa beleza, a nos provocar movimento. Um lindo registro fotográfico feito por JOSÉ NÉLIO MIRANDA a encher nossos olhos de cor, e a riqueza da escrita de KATIA TAVARES, SEVERINO ANTÔNIO e TARCÍSIO BREGALDA a nos inundar o peito de poesia e sonho.
Que o leitor se encontre neste livro, seja numa lembrança remota de infância, numa memória feliz, ou num olhar de surpresa pelo inédito. Mas que todos sejamos livres, como os pássaros devem estar, para senti-los.