POESIAS DE AUGUSTO DOS ANJOS

Augusto dos Anjos é considerado pela crítica como um dos mais singulares poetas do país. Nasceu em Pau D'Arco, Paraíba, em 1884 e faleceu em 1919, aos 29 anos de idade. Caracterizado pelo pessimismo, sua poesia autobiográfica manifesta instinto e compreensão. Não cria mitos, nem aventuras, mas é fiel à tese íntima do escritor ao espelhar o sentimento trágico da vida, utilizando para tanto, um vocabulário extremamente científico. Seus versos transportam a dor humana ao reino dos fenômenos sobrenaturais. O estilo de Augusto dos Anjos é correto e suas composições são testemunhas de uma primorosa originalidade. Chamado de Pré-Modernista, o poeta não chegou a constituir uma escola literária, mas conviveu com várias correntes, com predominância do Parnasianismo. Poemas como 'Monólogo de uma Sombra', 'Psicologia de um vencido', 'O Morcego e o Budismo Moderno', têm vida eterna (musicado por Arnaldo Antunes) e imortalizam o poeta como sendo um fenômeno incomum de aceitação popular.