A avaliação do desempenho docente está na ordem do dia da agenda política. Apesar de se tratar de uma temática complexa e geradora de tensões e apresentar os problemas inerentes a qualquer dispositivo de avaliação, não poderão escamotear-se, sob o manto da "tecnicidade", as questões que reclamam, afinal, sobre o próprio "sentido" do ato de avaliar um professor: Que lógicas de regulação da atividade do docente e de construção da sua profissionalidade? Como é que a avaliação se pode constituir como um projeto emancipatório, no qual avaliar signifique ser sujeito e não sujeitar-se? Como conceptualizar a avaliação do desempenho docente numa zona de resistência às "posturas de controlo"? Como situar a própria avaliação do desempenho docente num projeto de identidade profissional, marcado pelos territórios densos da partilha, da sociabilidade e do "reconhecimento"? Com a colaboração de vários especialistas nacionais e internacionais, esta obra esforça-se por problematizar, argumentar e clarificar este conjunto de questões decisivas para a melhoria da qualidade dos sistemas educativos, em geral, e para o desenvolvimento profissional dos professores, em particular, discutindo modelos, posturas e conexões entre as suas fases e facetas.