POR QUE OS HOMENS ESCONDEM TANTOS SEGREDOS?

"Por que os homens escondem tantos segredos?” se apresenta em forma de crônicas escritas de 2004 ao final de 2017. Organizadas em blocos principiando por desconstruir o homem, próximo da degola, se fazendo de autista com seu coração vagabundo, presa fácil da ejaculação e o mulherengo que só vê perigo na monogamia por não conseguir ser de uma só. Um conjunto de temas que também ressaltam a evolução da mulher que obrigou o homem a se enquadrar e transformar seu papel dentro da família, embora o mundo seja um lugar horrível para elas, face ao feminicídio, à violência doméstica e assédio sexual. Não sendo as mulheres nem santas nem putas, apenas intimidando o homem que não assume relação, obcecadas pela verdade, tendendo a sofrer mais com o rompimento do relacionamento. Prosseguem com humor e na ironia dos Tipos de Homens, como o marido da empregada, o pai que é avô, o comedor de gente, o zé mané, o joão-ninguém, o pau-mandado e o senil. Revela seu conflito com sua homossexualidade latente, sob a ameaça do gay reconhecer outro só pelo olhar. Avança na dificuldade do homem lidar com as emoções, no erotismo, nas fantasias sexuais, no tesão, principalmente quando deixa de sentir por sua mulher. Na atração pelas periguetes, secretárias, pela mulher de seu melhor amigo, pelo bico dos seios... por esse diabo em forma de gente ele larga até o seu casamento! Fatal se chegar à conclusão que não é o pênis que deve estar no comando, se o homem não toma cuidado com seu esperma, e a disfunção erétil... o seu maior pesadelo no porvir! E por sempre andar às voltas com o abuso da infidelidade, movido pela certeza de não se realizar no casamento, só sendo fiel até aparecer coisa melhor. O que acarreta a descrença no amor e a não querer assumir compromisso, pressionado cada vez mais por mulheres que não se encolhem nem mesmo com a falta de homem no mercado. Disseca a cultura do estupro em marcha e discute se o amor não inclui a amizade, se devemos casar ou somente namorar e se sexo puro pode ser amor dos bons. Para onde o homem se dirige?