Nascida princesa Sofka Dolgorouki, no nobre círculo da São Petersburgo de 1907, Sofka Skipwith - nome que adotaria ao se tornar cidadã inglesa, no decorrer da Segunda Guerra Mundial - foi uma mulher cuja biografia se misturou à própria história do século XX. Filha de príncipe e condessa russos, Sofka teve sua vida transformada com a Revolução Comunista de 1917, tendo que abandonar seu país rumo ao oeste europeu. Anos mais tarde, sendo já uma mulher sedutora e inteligente de hábitos boêmios, leitora ávida de poesia e esposa apaixonada, Sofka residia na Inglaterra quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu. Mais uma vez, viu-se no exílio - distante do marido e dos filhos, confinada em um campo nazista de prisioneiros localizado em território francês, a experiência da guerra reformularia suas visões de mundo e seu engajamento político, influenciando sua decisão de integrar o Partido Comunista Inglês no pós-guerra. Esta obra foi escrita por sua neta, Sofka Zinovieff, que teve como principal inspiração um diário pessoal, iniciado no campo de concentração nazista, dado de presente a ela por sua avó.