PSIQUISMO FETAL

O presente ensaio defende a tese de que a vida humana é marcada pela dimensão espiritual e que esta inicia-se no momento da concepção, isto é, no primeiro evento da formação de um novo indivíduo humano, a saber: a fusão de duas células altamente especializadas e programadas, o óvulo e o espermatozoide, por meio do processo de fertilização. A célula que dele resulta no próprio momento da fusão é chamada zigoto e com ela inicia-se o desenvolvimento embrionário de um novo ser humano. Portanto, a afirmativa a ser desenvolvida no decorrer deste trabalho é a de que o embrião humano é animado com uma alma espiritual desde o momento em que os gametas perdem sua individualidade durante o evento da fecundação. Para defender essa ideia, faremos um percurso histórico que abrangerá desde os filósofos pré-socráticos, cujas ideias tiveram influência sobre o conceito, a natureza e a origem da alma, até a psicologia moderna, perpassando pelo estudo do psiquismo fetal e da ontologia dimensional, do psiquiatra austríaco Viktor Frankl, e a dimensão humanística defendida pela psicóloga brasileira Renate Jost de Moraes, que são as fontes fundamentais deste trabalho.