Prefácio - Para mim é um grande prazer e honra poder prefaciar o segundo livro do Juvenal. Prazer devido à nossa relação de amizade que já dura décadas, e honra porque ele foi, sem dúvida, um dos influenciadores da minha carreira.
Nossa amizade iniciou no final dos anos 90, na época que ambos éramos consultores da cerâmica Creation e representávamos o mestre Willi Geller no Brasil. Naquela época eu tive a oportunidade de auxiliar na organização e tradução de alguns cursos que Willi Geller ministrou no Brasil, os quais Juvenal estava presente. Foi então assim que eu e Juvenal nos conhecemos e estreitamos nossa amizade. Esse link com Willi Geller foi fundamental tanto para mim quanto para o Juvenal, que acabou se tornando um membro do exclusivo grupo Oral Design do Willi Geller, sendo um dos poucos brasileiros presentes no grupo, o que é motivo de orgulho para todos nós.
O Juvenal foi um um dos mentores no início da minha carreira e abriu a minha mente para fatores fundamentais do que hoje eu chamo de design de sorriso moderno.
Ele foi um grande pioneiro da prótese dentária e já na década de 1990 desenvolvia trabalhos como poucos no mundo. Uma das suas grandes virtudes era o fato de levar o processo de projeto do sorriso a um nível mais completo. Foi um dos primeiros técnicos em prótese que eu vi trabalhar guiado pela face e desenvolvendo um processo de pesquisa morfológica para criar os seus projetos. Desenvolveu a capacidade de pesquisar informações psicológicas e físicas do paciente para tentar entender onde o novo sorriso deveria estar, e como a posição dos dentes deveria ser para criar uma harmonia orofacial.
Seu trabalho se tornou ainda mais fundamental na década de 90, quando o número das reabilitações sobre implante começou a crescer. O grande desafio, algo que poucos falavam na época, era como reabilitar um paciente com perda óssea e grande deficiência dos rebordos, e, consequentemente, ausência de referências intraorais. A grande maioria das próteses era