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Sinopse
C. L. R. James
A obra mais madura de W. E. B. Du Bois ganha sua primeira tradução para o português. Reconstrução negra revisita um momento decisivo da história estadunidense: o pós-abolição e pós-guerra civil nos Estados Unidos – um dos períodos mais radicais da história do país, que não à toa foi sujeito a um violento processo de apagamento.
Du Bois interpreta a Guerra Civil como uma revolução social que derrubou o sistema escravista do Estado confederado, abrindo caminho para uma democracia efetiva a ser construída pelos de baixo. Além de recuperar a riqueza política dessa experiência, o livro trata também da “contrarrevolução dos proprietários” que enterrou esse projeto, lançando as bases para uma nova forma de servidão sob a “ditadura do capital”. “Du Bois explora, em várias dimensões e eventos, como a Reconstrução Negra foi combatida, com armas e crimes de toda sorte, por movimentos e milícias civis de supremacistas brancos a partir dos quais se formaria, entre outros, a Ku Klux Klan”, escrevem Matheus Gato e Sávio Cavalcante na apresentação à edição brasileira.
Muitas vezes comparado a clássicos como O 18 de brumário de Luís Bonaparte, de Marx, História da revolução Russa, de Trótski, e Jacobinos negros, de C. L. R. James, Reconstrução negra é um caso exemplar de análise marxista dos entrelaçamentos de classe e raça sob o capitalismo. 90 anos depois de sua publicação original, o livro não é apenas atual – é urgente. A opinião é de Angela Davis, para quem “todo mundo, do ensino médio à pós-graduação, deveria ler Reconstrução negra. Nos anos 1960, enfrentamos questões que deveriam ter sido resolvidas nos anos 1860. Se não compreendermos essa história, o que acontecerá em 2060?”
Trechos
“O sucesso político da doutrina da separação racial, que derrubou a Reconstrução ao unir o latifundiário e o branco pobre, foi em muito superado por seus surpreendentes resultados econômicos. A teoria da unidade da classe trabalhadora baseia-se na suposição de que os trabalhadores, apesar das invejas internas, se unirão por causa de sua oposição à exploração pelos capitalistas. De acordo com ela, mesmo depois que uma parte da classe trabalhadora branca e pobre se identificasse com os latifundiários e, por fim, os substituísse, seus interesses seriam diametralmente opostos aos da massa de trabalhadores brancos e, é claro, aos dos trabalhadores negros. Isso colocaria os trabalhadores brancos e negros em uma única classe e precipitaria uma luta unida por salários mais altos e melhores condições de trabalho.”
“A maioria das pessoas não percebe o quanto isso não funcionou no Sul, e não funcionou porque a teoria da raça foi complementada por um método cuidadosamente planejado e lentamente desenvolvido, que criou uma barreira tão grande entre os trabalhadores brancos e negros que provavelmente não há hoje no mundo dois grupos de trabalhadores com interesses praticamente idênticos que se odeiem e se temam tão profunda e persistentemente e que são mantidos tão afastados que nenhum deles vê nada de interesse comum.”
“Deve-se lembrar que o grupo branco de trabalhadores, embora recebesse um salário baixo, era compensado em parte por uma espécie de salário público e psicológico. Eles recebiam deferência pública e títulos de cortesia pelo fato de serem brancos. Eram admitidos livremente junto a todas as classes de pessoas brancas em funções públicas, parques públicos e nas melhores escolas. A polícia era recrutada de suas fileiras, e os tribunais, dependentes de seus votos, tratavam-nos com tanta leniência que incentivavam a ilegalidade. O voto deles selecionava as autoridades públicas e, embora isso tivesse pouco efeito sobre a situação econômica, tinha grande efeito sobre o tratamento pessoal e a deferência que lhes era dispensada. As escolas dos brancos eram as melhores da comunidade e estavam bem localizadas, custando, per capita, de duas a dez vezes mais do que as escolas dos negros. Os jornais se especializavam em notícias que elogiavam os brancos pobres e ignoravam quase que totalmente os negros, exceto no que se referia a crimes e ridicularização.”
Ficha Técnica
Especificações
| ISBN | 9786557175392 |
|---|---|
| Tradutor para link | LAAN MURILLO VAN DER |
| Subtítulo | ENSAIO PARA UMA HISTÓRIA DO PAPEL DESEMPENHADO PELO POVO NEGRO NA TENTATIVA DE RECONSTRUIR A DEMOCRA |
| Pré venda | Sim |
| Peso | 1050g |
| Autor para link | BOIS W. E. B. DU |
| Livro disponível - pronta entrega | Não |
| Dimensões | 2 x 16 x 21 |
| Idioma | Português |
| Tipo item | Livro Nacional |
| Número de páginas | 864 |
| Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2026 |
| Código Interno | 1184844 |
| Código de barras | 9786557175392 |
| Acabamento | BROCHURA |
| Autor | BOIS, W. E. B. DU |
| Editora | BOITEMPO EDITORIAL |
| Sob encomenda | Não |
| Tradutor | LAAN, MURILLO VAN DER |
| Colaborador | GATO, MATHEUS |
