RELÂMPAGOS DE NARRATIVA APÓCRIFA NO CORPUS DA AMAZÔNIA

No Brasil, frequentemente nos deparamos ainda com interdições. Palavras que não devem ser pronunciadas, ações que não podem ser realizadas, imagens que não merecem ser visualizadas nem compartilhadas, temas cujas discussões são proibidas. Estamos dia após dia convivendo com os fantasmas da colonização primeiramente portuguesa e, a posteriori, das aludidas potências econômicas, pretensamente potências culturais, que ditaram como deveriam ser os nossos bons costumes e políticas até para além de meados do século XX. Com efeito, ainda agora parecemos relutantes e cambaleantes ante qualquer movimento que signifique romper a inércia crônica. Parece que nos agoniza a ideia de traduzir em palavras e mover em atitudes o que tem que ser o espírito nacional sem o qual não existe nenhuma Nação: nós, os brasileiros, somos a Pátria, somos o Território, somos todas as gentes finalmente congraçadas no sentido de sermos todos nós, indistintamente, o Brasil.