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Sinopse
Frankenstein é um grande exemplo na história da literatura de quando o/a personagem suplanta o/a autor/a. Levando-se em conta os mais de 50 anos vividos por Mary Shelley, ela produziu poucos romances. Nenhum alcançou a fama da sua obra de estreia, cujo argumento lhe foi proposto antes dos seus 20 anos de idade.
O seu livro, um dos mais adaptados para o cinema, ganhou mais uma versão na Sétima Arte. Começa agora a ser visto no Brasil, depois de uma elogiada apresentação prévia em festival internacional, no fim de agosto. Uma produção da plataforma Netflix.
Na relação constante de literatura e cinema, este deve muito mais àquela do que aquela a este. Mas é como uma relação aberta, ou um matrimônio com separação de bens. Cinema é essencialmente imagem em movimento. A literatura é muito mais do que isso, mas, quase sempre, como “um novelo enrolado para o lado de dentro”.
O subtítulo do romance Frankenstein explica-o por completo. É mais do que um Prometeu moderno. É um Prometeu elevado ao quadrado, pois aí, trata-se de hybris em um nível ainda mais acentuado do que o mito do pobre Prometeu. Victor, ao decidir criar um novo ser, põe-se na situação do próprio Deus. Exemplo extremo daquela hybris pensada pelos gregos para designar a arrogância cheia de insensatez típica dos humanos que, não satisfeitos com desafiar os desígnios divinos, querem suplantá-los. O melhor estudo sobre o assunto continua a ser Hybris: A study in the values of honour and shame in Ancient Greece, de Nick Fisher.
Não surpreende o sucesso da história de Frankenstein. Não se deve apenas ao talento da sua autora. Figuras como Frankenstein e Ulisses têm muito mais a ver com o nosso tempo, do que o Fausto, outra figura, de certo modo, arquetípica das inquietações humanas. Porém, há um pouco de Fausto nelas. Os gregos prezavam o senso de “medida”, de limite nas coisas. Nós gostamos do contrário. Super, superar, ultra, ultrapassar... Gostamos de verbos assim. Quando éramos somente humanos demasiado humanos, nos contentávamos com desobedecer à ordem divina e comermos o fruto da árvore do conhecimento. Disto nasce a ciência. Agora que ficou chato ser moderno, como disse o poeta, queremos ser eternos. Victor Frankenstein (e o seu inferno) não é o outro, somos (cada um de) nós.
Mario Helio | Editor
Ficha Técnica
Especificações
| ISBN | 977252701100500023 |
|---|---|
| Pré venda | Não |
| Editor | CEPE |
| Peso | 300g |
| Editor para link | CEPE |
| Livro disponível - pronta entrega | Sim |
| Dimensões | 28 x 21 x 1 |
| Idioma | Português |
| Tipo item | Livro Nacional |
| Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2025 |
| Código Interno | 1183076 |
| Código de barras | 977252701100500023 |
| Acabamento | BROCHURA |
| Editora | CEPE * |
| Sob encomenda | Não |
