O tema analisa a transformação do modo de consumo do produto moda na Europa nos últimos dez anos. De acordo com Cietta,
o fast fashion não é apenas um negócio de copiadoras e nem um modelo de produção para segmentos de baixo escalão. É um setor onde o tempo é um bem
escasso, e existe uma complexa estratégia de organização que reúne várias áreas de uma mesma empresa. O modelo fast-fashion não é como normalmente se acredita, como sendo um modo para vender produtos de baixo valor agregado e com pouca criatividade. Trata-se, na verdade, de um exemplo que revoluciona a tradicional maneira de apresentar as coleções sazonais, com um ciclo contínuo e criativo. Em todo o mundo, muitas companhias focadas neste nicho de mercado contam com "caçadores de tendência", profissionais que estão sempre alerta nos principais acontecimentos mundiais, inclusive o que as pessoas - celebridades, anônimos, profissionais de moda - vestem. Com isso, o mercado pode investir em mini-coleções que podem ser produzidas para atender as solicitações do mercado o mais rápido possível. No Brasil não há estudos específicos sobre a movimentação deste modelo, mas sabe-se que o faturamento da cadeia têxtil e de confecção no país é de US$ 45 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).