REVOLUÇAO LITERARIA EM PERNAMBUCO, A

A orelha do Poema sangra a estética dos anos vinte e trinta e dissolve o seu contexto, transformando em poesia: não mais, apenas, o espaço, mais o espaço mergulhado nos trinta e cinco trilhões de vibrações cósmicas por segundo - eis as cores, eis a revolução estética na Poesia Pernambucana, no Movimento Regionalista de 1926, em Recife, com Joaquim Inojosa, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Gilberto Freyre (sob a batuta da estética e da forma do poema de Ascenso Ferreiro), onde podemos observarum forte processo de alteridade entre Ascenso, Bandeira, Shakespeare, Guilherme de Almeida e Carlos Drummond de Andrade. O processo crítico e histórico, cotidiano neste livro, confronta, ainda, a poética ascensiana, alta-mente etnográfica, com a poesia negra de Jorge de Lima, eivada também, de expressões populares, mas com um forte cunho de dominação, onde se observar uma dicotomia social.