A coletânea de artigos em 'Semiótica, afecção & cuidado em saúde' deriva da segunda edição do colóquio de mesmo nome realizado, em 2012, na Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Seus autores e suas ideias transitam em interfaces das ciências e das artes, bem como da política e da ética, com o objetivo de ampliar horizontes e os locus de sensibilidade e pensamento, no que se refere aos campos definidos no título do livro. As referências, nas citações de diversos pensadores, passam por: Tarkovski, cineasta russo - 'Solaris' (1972) e 'Stalker' (1979) -, e sua profunda característica intuitiva; os filósofos Henri Bergson, cujas bases de pesquisa afirmam, em contraponto às vertentes deterministas ou reducionistas, a liberdade do homem, e Gilles Deleuze, que trata da impessoalidade do afecto e suas formas clássicas, lógicas e representativas; Abraham Warburg, historiador alemão responsável por estudos sobre o ressurgimento do paganismo no renascimento italiano, que 'em busca de uma matriz que ligasse a arte à vida', recorre à etnologia 'mergulhando na percepção das ondas mímicas do passado' em busca de uma força criadora e ordenadora que atua no 'momento da cura'.