SILENCIO DA ACROPOLE, O

Partindo da análise da experiência de estranheza vivida por Freud, ao visitar a Acrópole em 1904, relatada por ele em "Uma perturbação da memória na Acrópole" (1936), a obra investiga com ousadia e profundidade as implicações desse 'ponto secreto' na vida e na obra de Freud, a partir do qual seria possível falar de um tempo trágico para o pensamento freudiano. O livro é um exemplo do pensamento crítico que se apóia em uma original leitura dos textos freudianos, mantendo o questionamento da obra freudiana e sua atualização na dimensão estética, que, em uma rica biografia, promove o encontro entre os pensadores do trágico, reconhece a importância do pensamento de Nietzsche como antecessor de Freud e nos refere às origens de nossa cultura.