O que leva um cidadão amigo profissional como Sérgio Palma Brito, informado, sabedor, experiente pela longa vida profissional dedicada às causas do turismo, e também sempre comprometido com os atribulados fundamentos da nação portuguesa, a escrever um livro sobre uma empresa como a TAP, que se entranhou na nossa vida como fazendo parte dos símbolos de um povo, e que criou emoções contraditórias e razões díspares ao longo da sua história? Interroguei-me. Ao ler o detalhado manuscrito, tive a grata oportunidade de observar que o tempo não foi desperdiçado, porque aprendi, obrigou-me a refletir e a retirar conclusões diversas das que tinha formulado com a informação pública quando iniciei esta leitura de uma viagem intricada da vida da TAP. JORGE MARRÃO (no prefácio). Reestruturar e capitalizar a TAP “não será suficiente”. A TAP não tem a massa crítica para sobreviver na concorrência do mercado comum da aviação. [Consultores 1993]. Em 2000, já “havia duas grandes questões, uma era o volume de perdas e a outra era a falta de capital próprio”. [Fernando Pinto]. “A questão central é que a TAP não pode continuar a obter pequenos resultados, mantendo-se, apenas, no limiar da sobrevivência” [Fernando Pinto, 2006]. O que apresentámos “ao governo português foi pensado com base em aviões que ainda não existiam e pensando em rotas que ainda não tinham sido testadas. [David Neeleman sobre 2015]. “A música agora é outra na TAP”. [Pedro Nuno Santos em 29.04.2020]. “não há mais auxílio para a companhia que tenha recebido ajuda de emergência ou reestruturação nos últimos dez anos. [Comissão Europeia, 2014].