TOM WOLFE NÃO É LITERÁRIO, É LITERAL

Este livro contrapõe uma unanimidade conceitual segundo a qual narrativas jornalísticas seriam literárias a partir de quatro características, conforme propôs, em meia dúzia de páginas, o norte-americano Tom Wolfe, jornalista e teorizador do “novo jornalismo”. Os pressupostos sobre diálogo, narrador, cena e detalhes significativos simplesmente não se verificam em mais de 60 livros-reportagem analisados, a maioria clássicos apontados por Wolfe e seus seguidores como modelares. Conceitualmente frágil, o “novo jornalismo” é inverificável na prática.
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Marcos Zibordi vai além ao enunciar algumas das realizações bem logradas,
não canônicas, e, no entanto, a concretização do que chamo mediação autoral no Jornalismo.
Cremilda Medina