Eternizado em óperas, romances, filmes, canções e histórias em quadrinhos famosas, Giuseppe Balsamo, o conde de Cagliostro, é uma das personalidades mais fascinantes de todos os tempos. Nascido em 1743, na Sicília, ele conseguiu enganar ou fascinar grande parte dos mais poderosos nobres, dos maiores sacerdotes e dos principais pensadores da Europa do século XVIII. O papa Pio VI pôs a Inquisição romana em seu encalço, por acreditar que Cagliostro ameaçava a sobrevivência da Igreja Católica. LuísXVI e Maria Antonieta o aprisionaram na Bastilha. O escritor Johann von Goethe e o famoso sedutor Casanova fizeram de tudo para desmoralizá-lo mundo afora. Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia, queria estrangulá-lo, por acreditar que ele fosse overdadeiro responsável pela Revolução Francesa. Há ingredientes de sobra para uma grandiosa fantasia. No entanto, "O último alquimista", livro de Iain McCalman, não é uma obra de ficção, e sim uma deliciosa biografia que explica por que Cagliostro desperta o encantamento e o desprezo da humanidade há 250 anos.