"Antes, naquela casa, vivia uma menina". É com essa frase simples e poderosa que
Uma flor que cresce nos escombros inicia sua jornada comovente. A obra é um poema
ilustrado que contrapõe a beleza da vida cotidiana à devastação da guerra, atuando
como um testemunho lírico e profundamente humano dos horrores que se impõem
sobre a infância.
A narrativa resgata memórias de uma infância marcada pelo afeto – uma casa, um
aniversário, um jardim, uma rua, uma escola – para, depois, revelar o cenário de ruínas,
em que apenas uma flor solitária cresce entre os escombros. Assim, por meio de
imagens poéticas de celebrações, amizades e descobertas, o livro nos apresenta a vida
que pulsa em uma comunidade, mas é metodicamente desfeita.
Esse livro é um lamento, um grito de indignação silenciosa. Uma flor que cresce nos
escombros é uma leitura essencial e comovente, um tributo à resiliência e um apelo
urgente pela paz, lembrando-nos do que foi perdido e do direito de toda criança a um futuro intacto.