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Sinopse
Para compreender esse processo de apogeu (e posterior queda), os autores lançam mão de uma perspectiva histórica sobre as origens, as inovações, as conquistas, os revezes e o drama da política sanitária brasileira, entrelaçada aos acontecimentos globais.
A narrativa é estruturada entre os anos de 1986 e 2021, dividida em três grandes períodos com fronteiras sobrepostas. No capítulo 1, é estudado o período entre 1987 e 1996, quando os direitos humanos e a ciência entrelaçaram-se para controlar a doença e superar a discriminação. Essa tessitura teve como pano de fundo o processo de redemocratização do país, o surgimento de ONGs, a Reforma Sanitária, o reconhecimento da saúde como direito na Constituição de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1990.
O segundo capítulo, que abrange o período de 1996 a 2007, trata, como sugere o título, de uma globalização da saúde brasileira e um abrasileiramento da saúde global. Neste período, o país combinou intervenções preventivas, tratamento universal e luta contra a homofobia, convertendo-se em uma referência nos debates sobre os medicamentos antirretrovirais. Segundo os autores, “no decorrer de pouco mais de uma década, o Brasil passou de um lugar periférico da saúde global para um país de papel central no fluxo transnacional de conhecimento e controle da doença”.
O terceiro e último capítulo refere-se ao período entre 2007 e 2019. Os autores classificam-no como um período de retrocesso, em que ocorre a ruptura da parceria entre ativistas, sanitaristas e funcionários dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores. Sequelas da recessão econômica e da entrada de grupos neoliberais no poder executivo, com um impeachment em curso, o fortalecimento dos movimentos religiosos conservadores e de programas governamentais que dispensaram a relevância dos direitos humanos favoreceram o desmonte das políticas públicas paulatinamente construídas ao longo de duas décadas e levaram ao fim do lugar especial que as políticas de enfrentamento da enfermidade ocupavam no Brasil. Esse declínio no Brasil espelhou o enfraquecimento da resposta à aids nos EUA, bem como em agências multilaterais, que passaram a enfatizar a biomedicação na resposta à doença, em detrimento dos abrangentes programas lastreados em direitos humanos e na aliança com ativistas.
No Epílogo, em consonância com uma leitura do conceito de necropolítica, do filósofo Achille Mbembe, é analisada a relação entre as (trágicas) respostas governamentais à covid-19, o governo Bolsonaro e a queda do Programa Nacional de Aids, em um contexto de persistência da desigualdade social no Brasil.
O livro resulta do Projeto de Rede de Atenção à Saúde na região metropolitana do Rio de Janeiro: trajetória e perspectivas - no âmbito do Programa de Excelência em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológioc (Proep/CNPq). Parte da pesquisa foi realizada na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e no acervo Abia do Icict/Fiocruz.
Ficha técnica
Especificações
ISBN | 9786557081839 |
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Pré venda | Não |
Peso | 285g |
Autor para link | CUETO MARCUS,LOPES GABRIEL |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 16 x 1 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 174 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1083263 |
Código de barras | 9786557081839 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | CUETO, MARCUS | LOPES GABRIEL |
Editora | FIOCRUZ |
Sob encomenda | Não |