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    VARIANTES DA NEUROSE-TIPO OU A DEFESA NA ATUALIDADE DA CLÍNICA PSICANALÍTICA

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    Sinopse

    Perturbar e desmontar a defesa: uma orientação
    para a clínica do século XXI?

    Márcia Rosa

    Ao redigir em meados dos anos cinquenta o seu ar-
    tigo “Variantes da cura-tipo”1 , Lacan (1998b, p. 325-364) parte da constatação de que “a psicanálise não é uma terapêutica como as outras” (LACAN, 1998b, p. 326), constatação que ele coloca à prova ao longo de todo o artigo, ao dialogar com autores e teóricos das diversas linhas da psicanálise. É neste contexto que surge a discussão sobre o que seria típico e o que seria “variante” na terapêutica analítica.

    Rapidamente Lacan ressalta que “a rubrica variantes não quer dizer nem adaptação do tratamento, com base em critérios empíricos nem, digamos, clínicos, à variedade dos casos, nem uma referência às variáveis pelas quais se diferencia o campo da psicanálise” (LA-CAN, 1998b, p. 326, grifos no original). Esclarecido que não se trata disso, Lacan articula o título “variantes da cura-tipo” a uma preocupação “com a pureza nos meios e fins” (LACAN, 1998, p. 326), concluindo que se trata “de um rigor de alguma forma ético” (LACAN, 1998b, p. 326), o qual implica “menos um padrão do que uma postura” (LACAN, 1998b, p. 329). Portanto, esse rigor ético, julgado necessário para que o tratamento psicanalítico não resvale em uma psicoterapia, Lacan o localiza não em um “formalismo prático” (LACAN, 1998b, p. 326), mas em uma “formalização teórica” (LACAN, 1998b, p. 326).

    É neste horizonte que Paula Félix inscreve a sua pesquisa de doutorado, que deu origem a este livro. Ao intitulá-la Variantes da neurose-tipo ou a defesa na atualidade da clínica psicanalítica, a autora nos leva a concluir que não fará uma discussão do que outrora se denominava como “técnica psicanalítica”, colocando-a em contraponto com uma fundamentação teórica que permaneceria, de algum modo, à parte. Fiel à letra de Freud, bem como à de Lacan, aos quais ela se dedica a ler e comentar com rigor, ousadia e originalidade, Félix orienta-se no seu percurso pela busca de uma postura ética, mais do que de um padrão, na discussão dos casos de obesidade que a levaram a se colocar na posição de investigadora daquilo que a teoria e a clínica psicanalítica têm produzido sobre esse modo de gozo oral, digamos, para formular a questão em termos lacanianos.

    A postura clínica transmitida por este trabalho se inscreve no campo da ética ao considerar não apenas aquilo que, já produzido, mostra-se útil como operador de leitura, mas também ao encontrar e se deter naquilo que cada um dos casos tratados traz como um limite que nos convida a avançar nas formulações teórico-clínicas. Temos, assim, entrelaçados, a experiência de quem partiu de questões da clínica cotidiana, mas também o fôlego e a disposição de leitura e de argumentação da pesquisadora.
    Em termos panorâmicos, o percurso deste livro nos leva até ao final do ensino de Lacan e à sua redefinição do inconsciente como um falar só e sempre a mesma coisa, redefinição que localiza o próprio inconsciente como uma defesa contra o real, seja esse inconsciente estruturado como uma linguagem ou um falar autístico. E aqui os caminhos se bifurcam: se o inconsciente se estrutura como uma linguagem, teríamos sintomas decorrentes do processo do recalcamento, sintomas clássicos ou típicos, diríamos. Já no segundo caso, o inconsciente se apresenta como um falar autístico, no qual um significante reitera sem compor com um S2, reiteração que comporta uma satisfação pulsional, isto é, uma satisfação sem perdas, tal como ocorreria na repetição. Os fenômenos localizados nesse viés apontam para a existência de uma defesa primária que não resultou em um sintoma propriamente dito, portanto, não estaríamos diante da ação do recalque, observa a autora.

    Nesse contexto, parafraseando Lacan, Félix propõe “as variantes da neurose-tipo”, retomando o conceito de defesa na obra freudiana e sua implicação na constituição das neuroses, ou seja, postulando a existência de quadros neuróticos, sem um sintoma como resultado da defesa. Teríamos, assim, uma defesa e sua relação com uma fixação da libido na etiologia dessas neuroses. Aqui se evoca, entre outros, a obesidade, na qual o corpo funciona como uma armadura que defende o sujeito, mas não o representa.

    Este debate é enriquecido com a noção de caráter, a qual nos permite conceber um ponto de real na formação do eu e que nos coloca diante de uma formação mais arcaica do que o sintoma, portanto, anterior ao estágio de sua constituição, em que a pulsão se satisfaz na ação. Conversando com diversos autores psicanalíticos, desde os mais clássicos como Karl Abraham e William Reich, até os mais contemporâneos como Rabinovich e Jacques-Alain Miller, Félix nos brinda com uma excelente

    apresentação e discussão do tema do caráter, o qual foi apresen tado pelos diversos autores que se debruçaram sobre ele, tanto como uma neurose moderna quanto como uma forma sintomal do eu e um modo de gozo. Por fim, o autismo do inconsciente proposto no ensino t
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    Ficha técnica

    Especificações

    ISBN9786588915097
    Pré vendaNão
    Peso262g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões21 x 14 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas199
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2021
    Código Interno975443
    Código de barras9786588915097
    AcabamentoBROCHURA
    AutorFÉLIX, PAULA DUARTE
    EditoraSCRIPTUM
    Sob encomendaNão
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