Graças à capacidade argumentativa, Waldemar Kunsch consegue, com esta obra, cumprir o papel de intérprete e crítico da comunicação eclesial católica, explicitando-a de forma clara e convincente para os leitores potenciais. Em um trabalho de mediação pedagógica e divulgação científica, ele procura desvendar o emaranhado teórico-metodológico de estruturas que a linguagem universitária complica desnecessariamente. Assim, simplifica hipóteses, teses e sínteses construídas pelos comunicólogos, tornando-as palpáveis, inteligíveis e aplicáveis. O cerne da análise concentra-se na conjuntura do último quartel do século XX, quando as estratégias da Igreja passaram a contemplar os desafios da aldeia global. O foco investigativo privilegia as singularidades brasileiras, diagnosticadas por um segmento da comunidade acadêmica que transita habilmente entre os laboratórios de pesquisa e os templos religiosos.