Esta obra retoma o alento moral de melhor tradição cristã, tantas vezes obscurecido pelo positivismo e pelo legalismo. Para o autor, a vida diária do cristão é uma vida teologal. Deus é a origem, o modelo e o cume das decisões que realizam o ser humano como humano. No entanto, o comportamento moral do cristão não pode ser reduzido ao cumprimento de normas impostas e não interiorizadas. Os mandamentos éticos se justificam por revelar a magnitude de valores antropológicos. Evitar o mal e fazer o bem significa em última análise chegar a ser bom. Daí que os valores orientem necessariamente a pessoa para a descoberta e a realização das virtudes. Essas potencialidades a levam à meta da felicidade. A partir de seu encontro com a cultura helenística, a ética cristã assumiu o esquema moral das quatro virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Nos dias atuais quem segue a Jesus Cristo vive a prudência como discernimento à luz do Espírito, a justiça como participação na misericórdia de Deus, a fortaleza como serviço humilde aos outros e a temperança como respeito admirado e ativo pela criação de Deus.