Fronsofobia, versurfobia, rusmusofobia, nimitempofobia, arcafobia, ilenomofóbia, paremusofobia, forlatrifobia, abcelofobia, amipartofobia, bulifobia, ilerogofobia, entefamafobia... Antes que esta estranha lista inspire um novo medo, a neologismofobia, paremos por aqui. Mesmo porque, é preciso dizer que todos esses termos aparecem já nas primeiras 10 páginas de 'Você tem medo de quê?', que possui 218 páginas. Além disso, 'Você tem medo de quê?' adota a forma nada assustadora de um manual em verbetes alfabéticos - e brilhantemente ilustrados - para descrever os novos medos contemporâneos, por exemplo, de leite longa vida, de malas com rodinhas, de ficar velho, de ficar gagá, de perder a hora, de conversas com o taxista, de e-mail, de escadas rolantes, de escadas transparentes, de dançar, de ficar pelado, de ficar careca, de ter ereção em público, de filas, de compras, de contas, de correspondência com propaganda, de corretores de imóvel, de ser visto cutucando o nariz.