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Sinopse
como o frio. Assim, palavra e imagem se entrelaçam, construindo um livro que é, ao mesmo tempo, paisagem e despedida. Uma obra que percorreu, com a exposição Múltiplo Leminski, duas dezenas de cidades no Brasil e no exterior — e que agora volta a circular em livro, exatamente como foi concebida.
Estrela Ruiz Leminski.
Aos poucos vamos podendo pisar essas pedras que Leminski nos deixou, e que voltam sempre a nos confirmar a grandeza e a profundidade de seu mergulho poético. Depois do corpo de poemas inéditos que veio à luz com La Vie en Close e do deslumbrante Metaformose, recém-lançado, podemos agora curtir esse Winterverno, fruto de um diálogo intersemiótico com João Suplicy. Entre as inúmeras formas de associação gráfica entre imagem e verbo em nossa época – da ilustração à legenda, do caligrama ao logotipo, da pintura escrita à poesia visual, do cartaz à HQ – Winterverno tem uma face singular. A síntese verbal de Leminski e o traçado conciso de João se afinaram com muita naturalidade, numa conversa que nos aproxima da condição do hai-kai, em sua origem ideogramática (dois invernos diferentes formando o mesmo). Aqui os códigos verbal e visual se alimentam mutuamente, ora se complementando, ora se tensionando; ora se traduzindo, ora acrescentando um ao outro novas significações. O resultado é de uma sintonia surpreendente, que muitas vezes incorpora e exibe dados sobre a situação do encontro em que foram feitos – com margem para o salto, o voo, o insight – e toda sorte de coincidências. A simplicidade e a liberdade com que essa relação se faz, tão intimamente, faz lembrar, por vezes, o Nascimento Vida Paixão e Morte, de Pagu, o Romance da Época Anarquista, diário de Oswald e Pagu, ou o Perfeito Cozinheiro de Almas deste Mundo, diário da garçonnière de Oswald – obras/não-obras onde o verbal e o visual se misturam, como a própria criação se mistura à vida. Além de momentos altamente concentrados da poesia de Leminski; além da riqueza de soluções gráficas exploradas por João em seus desenhos; além da delicada interação dos dois códigos; o mais belo desse livro me parece a forma omo ele incorpora em si o processo de sua feitura – exposto no raio x dos suportes precários onde inicialmente o diálogo foi se fazendo (e que compõem sua segunda parte). Rabiscados em folhetos publicitários, guardanapos de bar, pedaços de embalagens, folhas de caderno, a matéria-prima que houvesse na hora; os registros nos mostram a urgência da criação contaminada de vida, contaminando a vida, na captação de seus instantâneos. Um livro que foi se fazendo quase sem querer, e que foi se fazendo querer até tornar- se um projeto comum de Paulo e João; da expressão espontânea de uma afinidade à descoberta de uma linguagem.
Arnaldo Antunes
Ficha Técnica
Especificações
| ISBN | 9786555192643 |
|---|---|
| Pré venda | Não |
| Biografia do autor | Paulo Leminski Filho foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro.Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai, além de abusar de gírias e palavrões, tudo de forma bastante instigante. Formação: Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz Rocha, Colégio Estadual do Paraná. |
| Peso | 50g |
| Autor para link | SUPLICY JOAO,LIMINSKI PAULO |
| Livro disponível - pronta entrega | Sim |
| Dimensões | 1 x 20 x 20 |
| Idioma | Português |
| Tipo item | Livro Nacional |
| Número de páginas | 80 |
| Número da edição | 2ª EDIÇÃO - 2025 |
| Código Interno | 1148455 |
| Código de barras | 9786555192643 |
| Acabamento | BROCHURA |
| Autor | SUPLICY, JOAO | LIMINSKI, PAULO |
| Editora | ILUMINURAS |
| Sob encomenda | Não |
