Quantos rockstars que você conhece viraram nome de planeta? Bom, não muitos - na verdade apenas um: Frank Zappa, que batizou o planetóide 3834 Zappafrank - localizado no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. Além de um segundo asteróide, Zappa serviu de inspiração na hora de nomear uma nova espécie de aranha, uma recém-descoberta água viva... As homenagens ao músico, morto há 13 anos, seguem também fora do mundo científico - como este livro-tributo 'Zappa - Detritos Cósmicos', organizado pelo reverendo Fábio Massari, o maior especialista, deste lado do Equador, no bigodudo de Baltimore. São 38 colaboradores, entre ilustradores, músicos, jornalistas, quadrinistas e outros fãs de carteirinha de Zappa, cada um contribuindo com a sua parte: reminiscências históricas, teorias descabidas, lembranças de adolescência, tudo girando em torno da obra e lenda de um dos músicos mais criativos da cultura pop. André Chistovam volta aos anos 70 e lembra de Zappa em Los Angeles, Allan Sieber nos lembra das melhores frases e máximas do mestre ("A maioria das pessoas não reconheceria uma boa música nem se ela viesse e as mordesse na bunda", entre elas), Evandro Mesquita encara um show de Zappa de três horas no Palladium, em Nova York, Rogério Skylab tenta promover o encontro entre Zappa e o compositor erudito Pierre Boulez e a banda-tributo Central Scrutinizer Band lembra o show com Ike Willis, entre muitas outras homenagens prestadas pelos mais diversos súditos. Tudo coroado pelas duas entrevistas brasileiras de Zappa, uma dada a José Carlos Nogueira, outra ao próprio Fábio Massari, uma série de artigos sobre Zappa assinados pelo reverendo, além de uma Zappagrafia - misto de discografia, bibliografia e compilação de outros objetos/ produtos que fazem parte da mitologia zappiana. Mais que um tributo, 'Zappa - Detritos Cósmicos' mostra que, assim como em sua obra, a influência de Zappa transcende a música - mas nunca deixa de estar ligada a ela, afinal, "música é o melhor".