Bens Culturais e Relações Internacionais: o patrimônio como espelho do soft power discute como o controvertido conceito de poder brando tem mobilizado estudiosos a pensarem sobre seus impactos, cada vez mais decisivos no mundo globalizado. O objetivo central deste livro é detalhar como o poder brando é problematizado na agenda internacional contemporânea, focalizando um de seus elementos menos discutidos: o universo dos patrimônios culturais nacionais/ internacionais e a relação existente entre os atores e a ações preservacionistas. O poder brando é a habilidade de influenciar os outros a fazer o que você deseja pela atração ao invés da coerção. Enquanto o patrimônio cultural incorpora diferentes valores e pode ser instrumentalizado para servir distintos objetivos econômicos, sociais e políticos dentro de contextos de desenvolvimento, as relações internacionais e seus múltiplos atores começam a despertar para a potencialidade do poder brando. Há aqui um nexo causal interessante a ser analisado, pois com a apropriação do patrimônio cultural para fins comerciais e políticos dentro das economias de todas as partes do globo, sua conservação desempenha um papel importante na diplomacia cultural, elevando seu status a uma elaborada tática de soft power em diferentes países do mundo.