A obra discute a função do Coordenador Pedagógico (CP) a partir da década de 1920 e arrola marcos legais desde a década de 1930. Situa a década de 1980 como referência das relações de poder mais horizontais e descentralizadas nas quais o CP passa a desempenhar função mais abrangente. O texto persegue responder a uma interrogação: quem é o CP na educação infantil? A resposta parece óbvia: aquele profissional que atende a parte pedagógica da escola. No entanto, há algo mais profundo que precisa ser desvalado que envolve sua identidade. Antes de ser CP, há o “ser professor”, uma identidade que o caracteriza pela escolha profissional ao ingressar na profissão. O CP é mentor no ambiente escolar e o “coração da dinâmica da escola.” Seu trabalho é reconhecido no papel de mediador, interlocutor, orientador, propositor e investigador com os diferentes atores na escola. Necessita de habilidades que lhe permita construir coletivos na prática pedagógica, no processo ensino-aprendizagem mantendo as relações interpessoais de maneira equilibrada, valorizando a autoformação, a formação de seus pares e dos estudantes. Almejamos que as ideias aqui propostas sejam pretexto para boas reflexões e para pensar em novas possibilidades de trabalho pedagógico. Este é o propósito maior da obra.