Com respeito à demanda agregada, o poder do Estado vai além da capacidade de fazer a demanda efetiva igualar-se ao nível da oferta agregada (também para uma situação de pleno emprego), mediante a elevação do consumo por uma política fiscal ativa. Agora, o Estado, como foi dito, por ser, longe dos demais, o principal capitalista a comandar capitais, passa a ter o domínio pleno sobre os dois componentes da demanda: o consumo e o investimento. Messe sentido, a sua capacidade de determinação do nível do emprego não está mais restrita à manipulação dos instrumentos fiscais e monetários, mas, sobretudo, à sua maior capacidade de também ser empregador (mediante investimento em áreas vitais para a própria expansão económica e estabilidade política do sistema capitalista) e consumidor, seja diretamente, pela manutenção das atividades ditas externas e que dão harmonia ao sistema capitalista, seja indiretamente, pela transferência de renda monetária para os mais carentes em situações específicas (o seguro-desemprego, por exemplo) ou em situações mais permanentes (a previdência social).