NOVAS PALAVRAS DA CRÍTICA

A politização da literatura e de gêneros textuais da cultura brasileira e ocidental se fazem presentes nesta coletânea, pois alguns dispositivos de verdade são apresentados por uma força de compreensão e por um viés de enfrentamento, até mesmo recortes que norteiam o amadurecimento da epistemologia de saberes descolonizados. Esperamos impactos de leituras substanciosos e desejamos difusões críticas mais conscientes ao se ocuparem as leitoras, os leitores dos textos, levando em conta significativas reflexões no campo das humanidades, dos estudos literários, linguísticos e das artes em relação à emergência do tema aqui proposto.

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A coletânea Novas palavras da crítica: ressignificando noções sobre gênero e sexualidades propõe um quadro interpretativo das produções artísticas relacionadas às formas dissidentes de existência, permitindo uma enunciação menos controlada pela sociedade disciplinar e mais voltada para deslocar estruturas e promover liberdade. O objetivo é incorporar a dimensão reflexiva em temas como o papel da arte nas políticas de subjetivação, reflexões críticas sobre identidades e performances LGBT+ drag-queer-pornô-biográficas, produção de linguagens e narrativas de vida que descolonizem saberes. A coletânea segue fundamentos de pensadores como Butler, Rancière e Foucault, explorando a política, a estética e os dispositivos de controle das sexualidades. Os textos abordam a relação entre arte, pornografia, obscenidade e erótica dissidente, enfocando a interseccionalidade entre gênero, raça e classe, bem como análises de obras artísticas que tratam de territórios homoeróticos e narrativas de vida. Além disso, refletem sobre a linguagem e sua relação com as subjetividades subalternizadas, incluindo a questão da deficiência e da sexualidade. A coletânea apresenta uma abordagem crítica e provocadora, buscando desconstruir paradigmas sociais e culturais contemporâneos em relação a gênero e sexualidades dissidentes nas artes e na literatura. Os textos oferecem uma leitura perspicaz e reflexiva, abrindo espaço para novas linguagens e debates acerca da diversidade e multiplicidade de existências no mundo atual.