Em 1982, Tom Peters e Bob Waterman fizeram um alerta às empresas americanas com Vencendo a Crise, que foi um marco em sua época. Agora Peters apresenta Rompendo as Barreiras da Administração, uma obra audaciosa que mostra não apenas os caminhos parasair da depressão econômica, mas também os novos rumos para uma economia saudável que nos levará – de forma satisfatória – para o século XXI. Peters prevê que em um futuro muito próximo as organizações,como nós as conhecemos, não mais existirão. Tempos estranhos! Corporações gigantescas estão se dividindo em grupos, sem que tenham sido “solicitadas” por equipes do governo a fazê-lo. Ressurgindo da recessão, as empresas (e há muitas delas), com o aumento das vendas e dos lucros, não têm planos para aumentar o número de funcionários. Elas estão subcontratando praticamente tudo, fazendo alianças temporárias de todos os tipos e tamanhos para as mais diversas atividades. A forma como nos organizamos para que as coisas sejam feitas, quer no setor público, quer no privado, está passando pelas mais profundas mudanças desde (no mínimo) a Revolução Industrial. Não há dúvida de que todos – funcionários, gerentes de nível médio, ministros, presidentes do conselho – sentimos uma inquietação – beirando o desespero – que vai muito além dos desalentadores índices econômicos. “Os mercados estão se fragmentando. As ofertas de produtos se multiplicam. Todos os bens e serviços estão se tornando bens de moda”, diz Peters, citando como evidência a manchete: “A IBM Deverá Anunciar o Início de sua Queda”. Bem-vindos à “nova economia”, onde grande parte do trabalho será “intelectual”, realizado por redes semipermanentes de pequenos (10-20 pessoas!) grupos orientados para projetos – cada um deles um verdadeiro centro de oportunidades –, onde a necessidade de rapidez e flexibilidade sela o destino das estruturas gerenciais hierárquicas nas quais nós e nossos ancestrais crescemos.