AMBAS

Apesar de cem anos separarem as vidas de Sissi, a Imperatriz, e Diana, princesa de Gales, a semelhança que as aproximam é vista em clara demonstração retratada ponto a ponto. A postura de cada uma delas, nas vidas pública e privada, consegue trazer o caminho da evolução da mulher e seu comportamento peculiar, diante dos degraus galgados na trajetória, para corroborar com a fixação do lugar de fala. Família, privações, amores proibidos, frustrações, títulos e posicionamentos são expostos a cada capítulo, incitando a descoberta e o reconhecimento da similaridade não só entre elas, mas, também, entre todo o universo feminino. A colaboração de Sissi, no século 19, e Diana, nos anos 80/90, fez com que as tenhamos como ícones de posturas marcantes, apesar de todas as fraquezas latentes. Nobres que representam exatamente o que as mulheres pretendem até hoje, o reconhecimento. A monarquia e todos aqueles que dela fazem parte sempre atraíram o interesse dos mais variados tipos de pessoas. Os palácios transparecem uma felicidade aristocrática, que cativa e incita os mais diversos desejos e curiosidades. Mostrando a realidade da vida interna das princesas, se vê as dificuldades que tiveram de transpor diante do sistema que lhes era imposto, comprovando que a vida ao lado de um príncipe nem sempre é tão encantada como se espera. Sissi, a Imperatriz - eternizada no cinema pela beleza da atriz Romy Schneider, que deu vida a uma das mulheres mais infelizes do século 19 -, teve o seu grau de encantamento inversamente proporcional ao amor pela vida, diante do cargo que assumiu e das consequências mordazes advindas dessa escolha. Diana, a Princesa de Gales - ícone de moda e beleza, sendo pioneira nas atividades humanitárias -, encantou a sua geração, cativando súditos por onde passava, mas trazendo consigo, apesar do carisma, a tristeza no olhar, comprovando que o cargo assumido era mais do que uma simples posição. Era um compromisso vital. A identificação da semelhança da vi