DISCERNIMENTO DOS ESPIRITOS

Desde a Antiguidade uma das principais preocupações das colônias de monges, eremitas ou cenobitas, que viviam isolados ou em comunidade, era discernir as inclinações de seu coração, se para o bem ou para o mal, libertando-se das ilusões que assaltamtodos aqueles que se dispõe a seguir Jesus, na docilidade ao seu Espírito. Não estando a perfeição evangélica - sede perfeitos como vosso Pai é perfeito - dentro das possibilidades naturais do ser humano e exigindo uma especial submissão ao Espíritode Deus, é indispensável que aquele que aspira à perfeição saiba distinguir com clareza e segurança de onde vêm as aspirações e desejos, os temores e as decepções que vivencia interiormente no seu empenho em seguir Jesus. O discernimento dos espíritos, como dizemos, vale para todos os cristãos. Coube, porém, desde a antiguidade aos monges e aos que se dedicam especialmente à vida no Espírito sistematizar os caminhos e os critérios, levando em conta a situação concreta em que se vive em cada época da história e em cada cultura. Esta obra contém preciosas indicações de um monge cartuxo dos nossos dias, formado em psicologia e que há mais de trinta anos exerce o ministério de formação de jovens monges, estando especialmente empenhado em diferençar das verdadeiras vocações e no acompanhamento dos jovens e dos não tão jovens que buscam a vida monástica. É um texto bastante atual e útil, que não pode deixar de ser estudado pelos que se dedicam à vida espiritual e de oração.